quarta-feira, 18 de maio de 2011

Minha entrevista ao jornal Esporte Maior

Boa Noite pessoal! Estou postando uma entrevista que dei ao Jornal Esporte Maio de Mirassol- São Paulo.
Pequenas atividades físicas durante o dia evitam doenças
Andressa Baldissera



Andressa Baldissera

Empresário Ailton Silva sobe e desce do 8° andar do edifício onde trabalha diariamente




Já diz o ditado popular “tempo é dinheiro”. E isso reflete cada vez mais na vida das pessoas, percebe-se que elas estão trabalhando mais e praticando menos exercícios físicos. A extensa carga horária no trabalho faz com que muitos não tenham tempo para ir à academia, fazer uma caminhada, ou até mesmo jogar uma “pelada” com os amigos. Isso faz com que o esporte fique em último plano, porque depois de um dia exaustivo de trabalho a maioria não têm ânimo para fazer qualquer atividade física, se privando dos benefícios que a prática esportiva pode trazer na vida de quem o faz regularmente.


Mas, nem tudo está perdido. Uma solução já existe e está sendo bem aceita. Muitos estão aderindo aos exercícios “extras” do cotidiano e durante o trabalho adaptam-se a fazer pequenas atividades que gastem energias e, quando somadas ao final do dia, podem mostrar números surpreendentes.


O empresário Ailton Donizeti F. da Silva, 43 anos, é um adepto do novo sistema. Fez karatê durante 23 anos, mas hoje não possui mais tempo na agenda para continuar. Então, ele faz o que pode para não perder o pique. “Estava assistindo televisão e vi uma reportagem que dizia que a cada 10 andares de escada que a pessoa subia, equivalia a meia hora de caminhada, a partir daí me adaptei e, dificilmente uso o elevador. Agora vou de escada”, conta.


Ailton possui loja e um escritório no prédio comercial de Mirassol, que fica no 8º andar. São 128 degraus e ele sobe e desce as escadas todos os dias. “Como trabalho com vendas dividi o meu horário. Quando está mais fresco faço, em média, 3 vezes ao dia. Quando está calor, subo e desço pelo menos uma vez por dia. Assim, não fico suado e posso trabalhar normalmente”, afirma Silva.


O empresário defende a prática e ilustra sobre os benefícios que trouxe à saúde. “Se não temos tempo, precisamos procurar um jeito. Depois que comecei a subir e descer as escadas, sinto que minha respiração está muito melhor. Nos primeiros dias o seu corpo sente, afinal não estava acostumado, a perna doía e chegava no 8º andar ofegante. Hoje não é mais assim, já me acostumei, subo e desço no embalo”, diz.


Outra praticante é a engenheira Maria Júlia Jodas, 57 anos. Ela trabalha o dia todo e também não possui tempo para os exercícios ritmáticos. Então, sempre que possível usa as escadas do prédio onde trabalha. O estímulo veio do esposo, Francisco Jodas Neto, 60 anos. “Ele sobe e desce pelo menos 5 vezes por semana. Me senti estimulada, pois na correria do dia a dia, não possuímos tempo para ir á academia, então sempre que posso vou de escada com ele”, esclarece a engenheira.


E que tal deixar o carro um pouco mais parado e andar a pé? É o que o jornalista Gustavo dos Santos faz. “Eu precisa fazer uma atividade física urgente, não estava me sentindo bem com o meu peso, então radicalizei: ando a pé. Tudo que preciso resolver do trabalho na rua vou a pé. Só uso o carro em caso de emergência e mais aos finais de semana”, ressalta.


Gustavo começou a fazer as atividades a apenas um mês, mas já nota a diferença. “Antes eu cansava muito rápido, ficava fadigado. Hoje não: já perdi alguns quilinhos, mas não me preocupo com isso, o resultado vem com o tempo, o importante que estou me sentindo melhor. Me sinto mais disposto para fazer tudo, quero continuar praticando”, finaliza.


Para a fisioterapeuta Juliana Frigeri S. Freitas, com formação em Podoposturologia e RPG e especialização em Biomecânica pela UFRJ, os exercícios “extras” fazem muito bem e podem evitar uma série de doenças como: problemas no coração, câncer, osteoporose, diabetes, derrame cerebral, depressão e até ansiedade. “Andar é um complemento imprescindível ao bem estar e, com certeza, um passeio a pé é um dos melhores remédios para aliviar o stress acumulado no dia-a-dia. Esse tipo de exercício não exige preparação prévia, roupas especiais ou gastos extras. Para a maioria da população é de baixíssimo risco, com benefícios potenciais muito grandes”, explica a fisioterapeuta.


No inicio, não é fácil, o corpo reage, mas a especialista dá a dica. “Estes exercícios corriqueiros, devem começar de forma ponderada. Precisamos de certo preparo físico para, por exemplo: caminhar 1km e subir, de escadas ,15 andares de um prédio. Comece devagar e aumente as distâncias percorridas gradativamente, a cada semana por exemplo, como manda o figurino da prática da atividade física, vá aos poucos que você chega longe”, ensina.


Mas, fique atento, ao subir escadas, devemos ficar de olho na questão postural, evitar subir com sapatos de saltos muito altos ou até mesmo andar uma distância grande e com solo irregular com saltos, isso pode ser bastante prejudicial à saúde dos seus pés, coluna e outras articulações. Se for percorrer uma longa distância, ou andar em solos irregulares e até mesmo fazer um esforço a mais do que o normal, devemos escolher um sapato de maior estabilidade, absorção e conforto. Evitando sempre de carregar muito peso, como pastas e sacolas.


A atividade física cotidiana não substitui a prática de exercício físico regular, apenas complementa e ajuda a ter uma vida mais saudável. “Para uma vida mais ativa, saudável, e uma mente mais sã e produtiva acho essencial nos movimentarmos mais durante o dia, e principalmente ao ar livre. Portanto, quando for trabalhar, vá caminhando ou estacione o carro algumas quadras do local de trabalho e continue o restante do percurso a pé, com certeza isso contribuirá com pontos positivos para um dia melhor e para o meio ambiente.

Faça alongamentos durante a jornada de trabalho, prevenindo assim algumas futuras reclamações devido à má ergonomia. Mantenha-se ativo, pois estudos afirmam que para uma vida mais saudável é necessário darmos no mínimo 10 mil passos por dia.”, finaliza Juliana.


Para quem não possui, de forma alguma, um tempinho, para fazer uma atividade física regularmente, é possível exercitar-se, mesmo trabalhando muito. Apesar de não suprir os exercícios físicos regulares, os “extras” fazem bem à saúde do corpo e da mente, além de ajudar as pessoas a não cairem no marasmo. Esporte é Saúde! Pratique!

terça-feira, 17 de maio de 2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

ELES PRECISAM DE CARINHO




Seus pés enfrentam quilômetros em asfalto quente, terra batida, lama, esteira. É hora de dar uma mãozinha a eles

Por Yara Achôa | Ilustrações Fido Nesti

Duas engenhocas compostas cada uma por 26 ossos, 107 ligamentos, 33 articulações e vários músculos, os pés são motivo de orgulho e ao mesmo tempo vergonha para muitos corredores. Orgulho porque são eles que carregam bravamente o piano na hora da corrida. Vergonha porque, quando não são bem cuidados, ficam com aspecto pior do que um tênis detonado.

Do ponto de vista ortopédico, os pés podem ter problemas anatômicos ou posturais e gerar uma série de chateações para o corredor. “Por isso, é importante fazer avaliações estáticas, como a impressão do arco plantar, e dinâmicas, com o paciente sendo filmado correndo em uma esteira”, sugere Rogério Teixeira da Silva, ortopedista do Núcleo de Estudos em Esportes e Ortopedia (NEO), de São Paulo. Mais do que apontar os “defeitos”, esses testes dão os caminhos para que a atividade seja praticada com segurança, revelando o tênis certo a ser usado e apontando a necessidade de fisioterapia para alguns desvios de postura, entre outras coisas. Conheça os principais quadros que obrigam o corredor a levar seus pés ao médico e saiba o que fazer para prevenir ou minimizar os estragos.

Ossos do ofício

Dores, inflamações e deformações podem tirá-lo das ruas por um tempo. Aqui, os problemas mais comuns


FASCITE PLANTAR


É a inflamação na estrutura de sustentação da sola do pé, a fáscia. O principal sintoma é dor na região do arco plantar, notada principalmente ao se pisar no chão ao levantar da cama pela manhã. Em alguns casos, dura o dia todo. O problema pode se tornar crônico e, quando não tratado, pode acarretar fraturas por estresse.
O que fazer: investir em alongamento, tracionando diariamente o pé. A palmilha pode ser essencial dependendo so seu tipo de pé. Caso a fascite esteja instalada, talvez seja necessário modificar o treinamento e até suspendê-lo por alguns dias, além de recorrer a medicamentos indicados pelo ortopedista.


INFLAMAÇÃO DO TENDÃO DE AQUILES


É caracterizada pela dor na parte de trás do tornozelo, que começa devagar e se intensifica com o passar do tempo. Cronicamente, leva ao enfraquecimento do tendão, tornando-o suscetível a uma série de outras lesões.
O que fazer: a melhor maneira de prevenir é realizar um bom alongamento de pernas e pés, use um sapato com boa absorvedor de impacto. Uma vez ocorrendo a inflamação, você provavelmente terá de interromper seus treinos por um período de sete a 15 dias (em quadros mais leves) ou fazer sessões de fisioterapia por até 12 semanas (em casos mais graves).


METATARSALGIA


É a dor na parte de cima do pé, onde temos cinco “ossinhos” chamados metatarsos. Pode estar relacionada a ossos, articulações, músculos, ligamentos ou tendões na região. O problema é mais comum em pessoas que costumam usar sapatos fechados e mulheres que andam de salto alto.
O que fazer: dar descanso aos pés. Ande descalço ou com calçados mais confortáveis e use palmilhas.


HÁLUX VALGO (JOANETE)


Uma saliência óssea do dedão ou dedinho que tem, entre suas causas, o encurtamento do músculo que faz estender os dedos e o excesso de movimentação ou o desvio do osso do meio do pé.
O que fazer: usar calçados confortáveis e certos para seu tipo de pé, a plamilha personalizada pode ser uma boa aliada, alinhando a biomecânica do seu pé. E alongamento diário: apoie o calcanhar no chão, contraia os dedos como se fosse pegar um objeto e levante o pé, formando um ângulo reto

terça-feira, 3 de maio de 2011

Boa Tarde pessoal, desculpe pela demora, estou um pouco corrida, e também pesquisando melhor pelas patologias solicitadas.
Me solicitaram para falar mais das palmilhas para corrida, vou colocar um resuminho aqui, depois escrevo mais!
Boa Tarde a todos.


CORRIDA E PALMILHAS ESPORTIVAS



Palmilha esportiva - um grande aliado do atleta na prevenção de lesões e na melhora da performance

O atleta, profissional ou amador, é um indivíduo que precisa de uma atenção especial quando se trata de vestuário, calçados e em particular as palmilhas. Este complemento do calçado tem uma importância maior por estar diretamente em contato com a região plantar.
Os pés são as primeiras estruturas que entram em contato com o solo. Eles acabam absorvendo o impacto das passadas e podem não suportar os desgaste e sofrer vários tipos de lesões. Com a corrida, há uma maior sobrecarga de forças geradas pela ação da gravidade (peso corpóreo sobre o solo) e o contrário a essa força, ou seja, do impacto do solo sobre os pés.
Esta região tem uma densidade muito grande de neurosensores (baroreceptores) que captam as variações de pressão e deslocamento e as enviam para o sistema nervoso central. As palmilhas são confeccionadas de acordo com o tipo de pé ou pisada(pronada, supinada e neutra) a fim de obter através dos pés uma melhor performance prevenindo futuras lesões. Essas palmilhas esportivas não atuam somente com uma função mecânica, mas também tem funções proprioceptivas, ou seja, o sistema nervoso central tem forte influencia sobre a postura.
Esta condição justifica a necessidade de um calçado especial, ou pelo menos que apresente condições que favoreçam o desempenho do individuo durante a sua atividade física
Um novo conceito e um novo design. São desenvolvidas e direcionadas para o futebol, tênis, golfe, basquete, voleibol, corrida, caminhada. As palmilhas esportivas buscam distribuir a força de reação do solo por toda região plantar , joelhos, quadril e coluna. Por estarem posicionadas entre o pé e o calçado, promove um aumento na eficiência do controle postural durante as atividades esportivas.
As palmilhas esportivas apresentam duas características bastante importantes que são absorção de impacto e propulsão:
a) são composta de material absorvedor de impacto denominado Plactel
b) material que apresenta características de propulsão durante a marcha ou corrida chamada Elastenil
Com isso, consegue-se absorção de até 92% do impacto e ganha-se performance devido a melhor propulsão durante a corrida.
Aavaliação é clínica, por objetivo, identificar alterações biomecânicas nos pés, e distribuição plantar do peso corporal. Analisa a pressão plantar sobre o podoscópio. Com esse método, é possível reconhecer, na pisada, anormalidades que necessitem de compensação, de proteção ou uso de palmilha, assim como detectar, na marcha, problemas que sejam passíveis de correção por meio de exercícios especiais.