sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tendinite no tendão de Aquiles

Tendinite no tendão de Aquiles
O que é?
A tendinite é a inflamação do tendão calcâneo, também conhecido como tendão de Aquiles. A dor pode se desenvolver gradualmente sem nenhuma lesão. É caracterizada por dor na região posterior do calcanhar. Quando não é tratada, a lesão evolui para degeneração e até mesmo ruptura do tendão. É comum entre atletas, especialmente corredores de longa distância. Pessoas que sofrem de tendinite no tendão de Aquiles reclamam, freqüentemente, de sentir uma dor muito forte quando põe o pé no chão pela primeira vez de manhã ou depois de longos períodos sentadas.

Causa:
A causa mais comum da tendinite no tendão de Aquiles é a pronação exagerada. Outros fatores são: tendão curto, lesão no tendão ou deformidade no osso do calcanhar.

Tratamento e prevenção:
Atletas precisam de bastante alongamento para aquecer os músculos antes da atividade. Também devem diminuir a distância de suas corridas, evitar subidas íngremes e colocar gelo no local. Também se pode usar palmilhas para diminuir a pronação

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

QUEM TEM PROBLEMAS NOS PÉS????

1. Crianças com Pés Tortos Congênitos:

Há crianças que já nascem com alterações funcionais nos pés. São deformidades determinadas durante a evolução da gestação, muitas vezes dependentes apenas do posicionamento dos pezinhos dentro do útero materno. Algumas deformidades, de menor gravidade, podem ser resolvidas em poucos dias com o reposicionamento dos pés e tornozelos com ajuda de bandagens, aparelhos gessados ou de órteses. Os casos mais graves necessitam soluções cirúrgicas e, em geral, a criança consegue iniciar marcha, fisiologicamente, por volta de um ano de vida.

2. Crianças Hemofílicas:

São crianças, a grande maioria do sexo masculino, que por causa de um defeito genético na coagulação do sangue sofrem hemorragias ante quaisquer pequenas contusões, entorses ou mesmo devido a instabilidades articulares, especialmente nos joelhos, tornozelos e pés.

PORQUÊ APRESENTAM HEMORRAGIAS ?

Se têm articulações de tornozelos e pés pouco estáveis, logo que começam a andar, por volta de um ano de idade, essas crianças sobrecarregam uma estrutura denominada Membrana Sinovial. Essa membrana, junto com os músculos e os ligamentos, é responsável pela estabilização dos ossos nas articulações. Se a estabilidade da articulação não for boa por uma fragilidade ligamentar, por exemplo, esse esforço adicional pode levar a inflamações dessa membrana, as chamadas Sinovites. Essas inflamaçõe acabam por produzir pequenos vasos sanguíneos, de paredes fracas, que se rompem com a movimentação levando a sangramentos dentro das articulações, chamados hemartroses. A sequência dessas hemartroses pode causar destruição, no todo ou em parte, das cartilagens articulares, prejudicando os movimentos da articulação que se vai deformando e enrijecendo, levando o hemofílico a um quadro de incapacidade chamado Artropatia Hemofílica.

3. Atletas:

A própria Organização Mundial de Saúde – OMS - (WHO em inglês) recomenda que crianças menores não pratiquem esportes de competição. Para a correta formação do corpo, as crianças devem exercitar-se em atividades recreativas, sem serem colocadas em oposição às outras. Na idade pré-escolar, o ideal é que as crianças realizem atividades recreativas onde umas colaborem com as outras em vez de competir, assim moldando seu caráter para um estilo de vida que privilegie a colaboração e não a competição. Entretanto, muitas crianças iniciam muito cedo o esporte de competição, muitas delas ainda apresentando grande imaturidade músculo-esquelética. Nesses casos, alguns esforços próprios da atividade esportiva, agravados pela intensidade que as crianças dedicam à vitória, muitas vezes estimuladas por professores, técnicos desportivos e pelos próprios pais, que se sentem vencedores através das vitórias de seus pupilos, podem causar distúrbios posturais e funcionais, principalmente nos membros inferiores. Pés cavos, retificação do arco plantar transversal do antepé, varismo, valgismo e recurvamento dos joelhos, alterações das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, são algumas das alterações posturais mais freqüentes nesses casos, e que muitas vezes só na idade adulta é que começarão a trazer incômodos verdadeiros.

No que se refere aos tornozelos e pés, essas disfunções adquiridas por esforços precocemente realizados na infância ou por esforços exagerados em treinamentos e competições na adolescência ou mesmo na idade adulta, levam a alterações no alinhamento das articulações, deformações no esqueleto como os aplanamentos do Arco Plantar Longitudinal (na face interna do pé) ou do Arco Plantar Transversal (entre a primeira e a quinta cabeças metatársicas no antepé). Esses desvios levam a concentrações anormais das pressões exercidas pela massa corporal sobre as plantas dos pés à medida em que o atleta se desloca, seja caminhando, correndo, saltando ou se deslocando lateralmente. A repetição das pressões exercidas pela massa corporal durante longos períodos de treinamento e/ou de competição costumam cobrar tributos aos atletas, seja na forma de dor durante ou após os exercícios ou na forma de lesões por sobre-esforços (“overuse”).

Pessoas que gastam a sola na biqueira ou nos saltos dos calçados seja caminhando no dia a dia ou na prática de esportes precisam ser avaliadas em movimento. Se apresentarem algum tipo de alteração biomecânica (desvios interferindo na movimentação articular), por certo necessitarão de correções mediante exercícios, calçados e palmilhas específicamente destinados à redistribuição das pressões e até, em casos extremos, cirurgias para realinhamento das extremidades.

4. Pessoas com Neuropatias Periféricas – diabéticos, hansenianos, lesados medulares leves, etc – com prejuízos da sensibilidade plantar:

São indivíduos que além de correrem riscos por não terem o tato da planta dos pés normal ainda podem apresentar desvios nos tornozelos ou nos pés, que causam concentrações de pressão localizadas. Essas pressões anormais, quando exercidas em áreas em que os ossos do esqueleto do pé têm menor recobrimento de músculos e gordura, podem levar à formação de calosidades (hiperqueratoses) ou até mesmo à morte tecidual sob a pele, comumente conhecidas por escaras. Essas escaras podem-se abrir para a superfície na forma de úlceras, também denominadas de Mal Perfurante Plantar em algumas doenças, por onde podem penetrar fungos e bactérias, causadores de infecções. Essas infecções, se não cuidadas adequadamente e em tempo hábil, podem progredir a ponto de causarem amputações nos membros e até a morte dos pacientes, principalmente de diabéticos.

Não apenas as pressões localizadas podem causar úlceras plantares. Queimaduras por pisar em pisos quentes, pequenas lesões por contusões, arranhões ou perfurações, em pacientes com deficiências da sensibilidade plantar, podem ter graves conseqüências.

5. Mulheres durante a gravidez ou após a menopausa:

Essas pessoas, devido a alterações hormonais, ficam com seus ligamentos mais frágeis e têm uma redução na estabilidade das articulações, principalmente daquelas como os joelhos, tornozelos e pés, que sustentam o peso corporal. Além disso, se elas já apresentam algum tipo de desvio prévio nessas articulações, haverá uma tendência em acentuá-los, o que poderá trazer bastante desconforto para essas mulheres. Nas grávidas, esses distúrbios persistirão nos últimos meses de gravidez e por algum tempo após o parto, até que se normalizem suas taxas de estrógenos. Nas senhoras que passaram a menopausa, provavelmente os distúrbios se estenderão pelo resto de suas vidas, com agravamento progressivo dos desvios articulares. Esse estado de instabilidade articular poderá trazer dores articulares, inchaços nos pés e pernas, dores miofasciais em músculos dos membros inferiores, nádegas e até da coluna vertebral. Nem sempre esses sintomas desaparecem com aplicações de calor, correntes elétricas médicas, massagens ou exercícios. Às vezes são necessários calçados e/ou palmilhas especiais associados ao tratamento de reabilitação física para que as pacientes readquiram a alegria de viver.

Em todas essas situações de anormalidade, genéticas, congênitas ou adquiridas por doenças crônicas, como Artrite Reumatóide, Diabetes, etc, ou nas seqüelas de acidentes com lesões que alterem o alinhamento dos joelhos, tornozelos ou dos pés, faz-se necessária uma avaliação dos indivíduos em movimento, o mais próximo possível das situações que lhes causam sintomas, caminhando ou correndo. Com base nos resultados obtidos nesses exames é que as pessoas poderão ver como realmente seus pés se relacionam com o piso ao andar ou correr e os profissionais de reabilitação – Médico Fisiatras – poderão auxiliá-las na elaboração de palmilhas, calçados ou programas terapêuticos, os quais poderão ser realizados em casa ou, em casos mais graves, em clínicas especializadas sob os cuidados de fisioterapeutas. Nos casos extremos o Fisiatra poderá encaminhar para um cirurgião para uma intervenção primária ou uma revisão cirúrgica, de modo a deixar o alinhamento articular o mais próximo possível do anatômico. Só então poderá reavaliar e prover o paciente das palmilhas e calçados que impedirão agravamentos posturais músculo-esqueléticos.